A experência de conviver em grupo, seja ele formado para
atuar em determinado período ou para fins diversos, é uma experiência desafiadora.
Se tivermos paciência, ela poderá se tornar transformadora.
Quem já não participou de uma
pequena palestra, onde alguém a toda hora interrompe o orador com
perguntas inconvenientes ou concorre com o palestrante fazendo questionamentos
sempre óbvios e contrários? Ou tecem
comentários sobre outro assunto, que não
faz parte do tema proposto? São os
conhecidos “chatos”, que não esperam o palestrante completar o raciocínio... e
tem a necessidade de sobressair... não importa a forma.
Pois é, em todos os
grupos eles aparecem. E não são só eles, a lista é grande : os intransigentes,
os debochados, os desfocados, os
desagregadores....enfim!...
E do ponto de vista de
outra pessoa, até a nossa pergunta mais interessante pode parecer infundada.
A convivência torna-se difícil, principalmente quando os componentes deste grupo, esquecem a
verdadeira motivação que os levou a se
unir .
São os problemas de
personalidade que todos temos.
Às vezes, “o ego inflado”,
as distorções, as ilusões, a
incapacidade, a imaturidade, interferem de tal forma que a convivência torna-se
impossível.
O que poderia florescer, acaba, por inabilidade de
interação.
E por isso encontramos tantas pessoas resistentes a
desenvolver qualquer trabalho em grupo.
Porque o grupo nos faz abrir mão de nossa opinião, é difícil adotar
uma postura de impessoalidade.
É a “minha” opinião, o “meu” ponto de vista!
Quando me disponho a participar de um tipo de trabalho assim,
com “diversas personalidades”, me lembro de adotar a “mente do principiante”,
mente aberta, me despir de todos os preconceitos e pré-julgamentos, tentar
colocar outro olhar, ver além do que se apresenta, deixar acontecer.
No momento em que o grupo consegue vencer a primeira
barreira, ou seja, todos tem
consciência do objetivo que os reuniu,
e deixam o ego em casa, inicia-se um processo
de compreensão e neste ponto temos o
verdadeiro sentimento que une o grupo.
É inquestionável que a convivência nos fazer exercitar a
compreensão, a impessoalidade, a paciência, a tolerância, a afetividade, a
partilha ... Sentimentos que tornam possível a existência do grupo e nos dá a
consciência que somos um fraco
reflexo uns dos outros...aprendemos com
as diferenças...
As opiniões contrárias nos levam a outra perspectiva, nos fazem
ver outras dimensões de um mesmo assunto.
Ao final, todo aquele esforço inicial é válido, porque
crescemos, e a convivência no grupo se
torna algo prazeroso.
Cria elos de afetividade e carinho que nutrem nossa alma e
nos tornam amáveis e amados.
Esta convivência é um curso intensivo que permite ser mais
flexível nos relacionarmos do dia a dia.
Na verdade serve de sustentação para nossa vida e bálsamo
para nosso coração.
A. M.
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