quinta-feira, 17 de maio de 2012

Exercitando a convivência

                               



A experência de conviver em grupo, seja ele formado para atuar em determinado período ou para fins diversos, é uma  experiência desafiadora.

Se tivermos paciência, ela poderá se tornar transformadora.

Quem já não participou de uma  pequena palestra, onde alguém a toda hora interrompe o orador com perguntas inconvenientes ou concorre com o palestrante fazendo questionamentos sempre óbvios e contrários?  Ou tecem comentários sobre  outro assunto, que não faz parte do tema proposto?  São os conhecidos “chatos”, que não esperam o palestrante completar o raciocínio... e tem a necessidade de sobressair... não importa a forma.

 Pois é, em todos os grupos eles aparecem. E não são só eles, a lista é grande : os intransigentes, os debochados, os desfocados,  os desagregadores....enfim!...

 E do ponto de vista de outra pessoa, até a nossa pergunta mais interessante pode parecer infundada.

A convivência torna-se difícil, principalmente quando os componentes deste grupo, esquecem a verdadeira motivação que os levou a se unir .

 São os problemas de personalidade que todos temos.

Às vezes,  “o ego inflado”, as distorções,  as ilusões, a incapacidade, a imaturidade, interferem de tal forma que a convivência torna-se impossível.

O que poderia florescer, acaba, por inabilidade de interação. 

E por isso encontramos tantas pessoas resistentes a desenvolver qualquer trabalho em grupo.

Porque o grupo nos faz abrir mão de nossa opinião, é difícil adotar uma postura de impessoalidade.

É a “minha” opinião, o “meu” ponto de vista!

Quando me disponho a participar de um tipo de trabalho assim, com “diversas personalidades”, me lembro de adotar a “mente do principiante”, mente aberta, me despir de todos os preconceitos e  pré-julgamentos,   tentar  colocar outro olhar,  ver  além do que se apresenta, deixar acontecer.

No momento em que o grupo consegue vencer a primeira barreira, ou seja,  todos tem consciência   do objetivo que os reuniu, e deixam o ego em casa,  inicia-se um processo de compreensão  e neste ponto temos o verdadeiro sentimento que une o grupo.

É inquestionável que a convivência nos fazer exercitar a compreensão, a impessoalidade, a paciência, a tolerância, a afetividade, a partilha ... Sentimentos que tornam possível a existência do grupo e nos dá a consciência que somos  um fraco reflexo  uns dos outros...aprendemos com as diferenças...

As opiniões contrárias nos levam a outra perspectiva, nos fazem ver outras dimensões de um mesmo assunto.

Ao final, todo aquele esforço inicial é válido, porque crescemos, e a convivência  no grupo se torna algo prazeroso.

Cria elos de afetividade e carinho que nutrem nossa alma e nos tornam amáveis e amados.

Esta convivência é um curso intensivo que permite ser mais flexível nos relacionarmos do dia a dia.

Na verdade serve de sustentação para nossa vida e bálsamo para nosso coração.

 A. M.

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