Como um caminho no outono: assim que é varrido, volta a cobrir-se
de folhas secas.
Um
antigo conto zen fala de um monge que tinha a obrigação de varrer as folhas do
pátio do mosteiro. Como cada vez que ele terminava sua tarefa aparecia uma nova
folha trazida pelo vento, ele adquiriu o hábito de sempre deixar uma no chão,
para que não tivesse de sofrer por isso.
Esta
breve história é uma alegoria perfeita sobre os problemas. Costumamos sofrer
mais pelo medo das atribulações do que pelas atribulações propriamente ditas,
pois nem sempre elas acontecem de fato.
Como um
monge que deseja manter o chão sempre imaculado, aspirar a uma vida sem
dificuldades é um grande sofrimento, pois a ausência de complicações não é algo
natural.
O
diretor de cinema Woody Allen expressou muito bem essa ideia: “A melhor maneira
de ser feliz é gostar de seus problemas.”
Ele
tem toda a razão, porque problemas nunca
irão nos faltar, assim como as folhas secas no pátio do monge.
Kafka por Allan
Percy.
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