Em grande parte, o nosso sofrimento do dia-a-dia não é causado por eventos trágicos do coração, e sim por insultos - reais ou imaginários - à história do ego. O sofrimento é a resposta a esses ataques imaginados que interferem no que queremos e no que sentimos necessitar. Felizmente, podemos aprender a abrir mão dessas respostas condicionadas e ver o sofrimento como uma idéia ilusória.
Podemos optar por não colecionar lembranças de sofrimentos para colar no nosso álbum de recordações. Como a nossa história pessoal é feita somente de idéias, podemos aprender a soltar esses insultos ao ego e deixá-los ir embora flutuando como balões de gás. Ou, como diria Ken Wilber, se você não quer sofrer, " descarte a individualidade pequena ". Nós os autores, diríamos: Desista da história - a história do EU.
Estamos espiritualmente adormecidos se permitimos que os arrependimentos do passado, as preocupações e temores do futuro e as expectativas dos outros guiem as nossas vidas. Em meio aos sentimentos e convicções de pânico e das distrações deste adormecimento espiritual, é muito difícil convocar a intuição ou ouvir a voz da sabedoria interior. A combinação de culpa do passado e medo do futuro impede-nos de vivenciar o presente. Essa projeção é que os budistas Dzogchen chamam de percepção condicionada, e ela interfere profundamente na existência atemporal que descrevemos neste livro.
J.J. HURTAK e RUSSELL TARG
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