Os povos primitivos acreditam que o sonho é uma realidade. Entre os esquimós da baía de Hudson, acredita-se que a alma do sonhador dele se afasta durante o sonho, para habitar um mundo onírico, sendo considerado perigoso acordar quem sonha, sob o risco de perder sua alma. Entre os tajais da ilha de Luzon há penalidades severas para quem acorda um sonhador.
Há notícia de um índio macusi ter ficado furioso porque sonhara que o chefe de uma missão de exploradores o fizera remar até as cataratas, causando-lhe enorme cansaço.
Em Bornéu, a lei primitiva considera que, se um homem sonha que sua mulher é infiel, pode devolve-la a seus pais, sendo estes obrigados a recebe-la de volta.
Um zulu brigará com um amigo se sonhar que este o atacou durante o sonho. Tem-se notícia de um índio guarani, no Paraguai, que tentou matar um missionário porque, em sonhos, este lhe dera um tiro. A prática de adivinhação por sonhos era motivo de tanto fanatismo entre os povos árabes que Maomé a proibiu no Corão.
Os sonhos existem para nos relaxar, não para nos preocupar.
CARLOS ARAÚJO
Nenhum comentário:
Postar um comentário